UM TELEGRAMA EMERGENCIAL OU COMEMORATIVO, Soberana de mim, Capítulo 5. -




Capítulo 5

UM TELEGRAMA EMERGENCIAL OU COMEMORATIVO

São quatro horas e oito minutos agora. Acabei de comer pastéis, que fiz para comemorar a resolução, enfim, doas imagens que vamos usar para criar os Mapas do Cósmico.

Já vai bem mais de um ano (quase dois) que venho me encontrando com a Alice, de tempos em tempos, para verificar com ela, direitinho, onde cada qualidade divina está conectada no nosso corpo físico. Precisamos ter esse suporte visual. O banco de dados ao qual os alunos têm acesso é algo fantástico, mas faltavam os mapas. No Cósmico, tudo é muito mais em relação ao "sentir" do que ao "ter certeza científica" ou "testar", mas, ainda assim, essa é a minha natureza investigativa, e não posso evitar.

Os pastéis estavam ótimos e aqui em casa o povo se beneficiou hoje porque, para comemorar, fiz alguns quitutes culinários de fácil montagem, porém muito coloridos e deliciosos. O arroz foi com vagem e cenouras picadas em pequenos cubinhos, a salada picada, em cima de uma tábua de madeira redonda que enfeita a mesa, salpiquei com chumos de salsa, limões cortados em pequenos pedaços decorativos, cebolas fatiadas em rodelas. Eu não estava a fim de comer feijão, mas comi mesmo assim, por questões nutritivas. Servi os pratos com punhados de farofa multifuncional, adicionada com linhaça dourada e a outra, mais escura, e outros farelos mais. O almoço ficou realmente uma delícia e, para comemorar, também lavei a louça, e agora estou finalmente descansando aqui no frio das montanhas, enquanto desfruto das alegrias, satisfações e deleites de ver minhas tarefas cumpridas.

Falando assim até parece que a minha vida é sempre de mil maravilhas ou, um mar de rosas, como coloquei no título do meu instagram. Algo simples que me define? Mas não é bem assim. A minha vida também é feita, visceralmente, de altos e baixos. Eu não posso dizer que estou alegre o tempo inteiro. Eu sou feliz, mas às vezes me sinto triste. Por algumas vezes, andei pelas ruas da cidade me sentindo completamente desesperada. Mas, é como a Alice ensina, "foque no aprendizado, e não no sofrimento".

Amanhã é um dia atípico. É um dia que, mais uma vez desmonto a minha casa para a minha mudança de volta para o Rio. Aqui nas montanhas eu vim procurando o amor. Um companheiro para mim. Mas encontrei uma desilusão tão grande que é até vexatório escrever sobre “ele” aqui. Não. Eu vou poupar os ouvidos do leitor quanto a isso. Basta resumir dizendo que tudo o que ele me disse, por um ano inteiro, era uma grande mentira, da pior que você pode imaginar. Então estou revelando isso a você, neste quinto capítulo do livro, caro leitor, porque quero ilustrar, de maneira clara e educativa, o quanto a vida pode ser desafiadora e feita desses inoportunos altos e baixos, por mais conhecimento que estejamos buscando.

A Escola do Cósmico é uma escola de criação. Aqui, nós aprendemos a criar. Mas eu ainda sou uma novata nisso. Nós precisamos limpar as nossas crenças limitantes, para atrair coisas boas.

Por esses dias eu estava meio triste, e conversei com a Alice. Não apenas pedindo um conselho para mim, mas também para algumas pessoas que me procuraram, como um espelho para eu curar.

"Alice, às vezes não é fácil o peso da gente passar a compreender que tudo o que acontece na nossa vida é responsabilidade nossa, que atraímos aquilo com o nosso próprio pensamento..." Eu falava isso, e me lembrava das cenas torturantes de desilusão que eu estava vivendo nos últimos meses, no campo afetivo.

Eu até filmei eu fazendo essa pergunta para a Alice e ela me respondendo. O que ela disse foi:

"Natália, nós temos a eternidade para a nossa evolução! Não há motivo para nos cobrarmos tanto. É uma questão de amor-próprio também nós nos tratarmos bem, nós nos perdoarmos, sermos gentis com nós mesmos e sabermos que está tudo bem, e que tudo, no momento certo, vai acontecer."

A resposta, como sempre, foi bastante esclarecedora e reconfortante, e é sempre bom compartilhar a mensagem com todos.

Nós somos seres humanos. Corre sangue nessas veias aqui dentro. Nós temos emoções. Temos receios. Temos crenças. Crenças limitantes, mas também crenças avassaladoramente libertadoras e iluminadas.

Existe um espaço dentro de nós onde a felicidade é inabalável. Onde ela existe, independente dos abalos da vida. Esse foi o tema do vídeo que eu postei essa semana no meu instagram. Eu falei sobre algo que eu venho pensando nos últimos meses... sobre esse tema profundo da Felicidade e todos os seus aspectos... Eu ainda não tinha tido a oportunidade de escrever direito nem de falar sobre ele, mas essa semana eu decidi fazer um vídeo bem simples, que foi ao ar, e foi grande o número de mensagens que eu recebi em resposta. As pessoas me mandaram mensagens pelo instagram, Facebook e whatsapp, dizendo que elas também se sentiam assim: "felizes mas às vezes tristes". Isso porque o tema do vídeo foi para falar que nós podemos ser felizes mas estarmos tristes. Que nós podemos estar alegres mas não sermos felizes. Que nós podemos ser felizes mas não termos gratidão ou satisfação em todos os campos da nossa vida.

Eu gostei tanto desse objeto de pensamento que pedi para a Alice para fazermos uma mesa redonda sobre esse tema da Felicidade, e esse vai ser o tema do primeiríssimo vídeo de lançamento do canal da Escola do Cósmico, para o qual todos vocês, queridos leitores, estão convidados a serem assinantes.
Estamos acertando os detalhes técnicas para lançar, muito em breve, este canal, que vai ter muito conteúdo interessante para compartilhar com todos.

Sabia que eu decidi que vou escrever este livro em apenas dez capítulos? Isso para que eu tenha certeza que eu vou conseguir escrever, finalizar e entregar um livro pronto ao mundo.  Eu já andei escrevendo muito. Escrevi bastante, desde a minha puberdade. Mas agora, aos 41, poucos livros meus foram lançados. Tem um que nunca termina que se chama 'Na Montanha das Corujas', livro que escrevi durante dez anos e espero um dia terminar. Tem um outro também chamado 'Os Anjos não usam Relógios'. Quem sabe um dia esses saem?

Mas o fato é que esse livro de agora vai ter apenas dez breves capítulos e assim será. Será um sopro. É, esse livro é um sopro. É uma pincelada muito rápida de como a vida vai. De como estão as coisas por aqui. É como um recorte curto de uma semana no meu espaço-tempo. Mas acho que com ele dará para ter uma ideia resumida de tudo o que está se passando aqui. É como se eu estivesse passando um telegrama emergencial, ou comemorativo, para alguém.

E, engraçado, isso está me dando uma satisfação incrível porque, pelo menos sei que um livro meu bem autêntico, mas bem autêntico mesmo, vai sair. Eu vou publicar, com honra e glória. Um livro-recorte de dez capítulos escrito em uma das semanas mais avassaladoras, mas também uma das mais gloriosas, da minha vida.

E não foi assim também com a Alice Domingues? Não passou ela também por algumas duras desilusões? Esse livro eu tinha começado com o intuito de escrever sobre a vida da Alice e para deixar um relato sobre ela. Mas eu percebi que só tenho como falar sobre ela a partir de um parco retrato que eu tenho dela. Apenas um pedaço. Com os meus relatos, com o meu aprendizado, com o meu entendimento, acho que essa é a melhor forma, no momento, de eu deixar um registro sincero sobre ela e sobre o Cósmico.

A Alice teve uma vida alegre, confortável e repleta de riquezas. Lembro que uma vez ela comentou com a gente, em um dos cursos, que antigamente ela se sentia culpada por ter tantas coisas, enquanto muitas pessoas não tinham nada. Essa é uma das crenças, a da culpa, que ela nos ensina a trabalhar, com as terapias do Cósmico. A vida da Alice seguiu em paz, ela se casou uma vez, sofreu uma decepção dolorosa, se separou, conquistou muitos méritos profissionais, estudou cura prânica diretamente com o Mestre Choa Kok Sui (sempre desconfiei que era ele do Samurai que eu vi naquele dia da floresta... mas não tenho provas). A Alice depois casou de novo com um físico nuclear, também super estudioso de muitos assuntos interessantes, e vive feliz com ele até hoje. Quando ela começou a canalizar o Cósmico, foram muitos os símbolos que vieram, e ela me contou que ela teve que aprender a focar no aprendizado de tudo o que chegava, e não no sofrimento, senão ela ia ficar louca!

Aliás, a família dela ficou mesmo preocupada com ela quando ela ficou seis meses sem comer (vivendo de luz), e foi justamente quando os símbolos do Cósmico começaram a chegar...

Ela estava sofrendo, e sofrendo muito. Ela tinha emagrecido, e a família queria que ela parasse com aquilo e voltasse a se alimentar. Mas ela bateu pé firme e disse que só ia voltar a comer se ela conseguisse, por ela mesma, voltar ao peso ideal. Por isso, ela decidiu que ia escrever todos os dias, setenta vezes, as palavras "beleza perfeita" e "peso perfeito". Essa é uma técnica do Renascimento, de materialização.

Durante essa prática, a Alice começou a ver os simbolozinhos da mente superior chegando... No início, ela não fazia a menor ideia do que estava acontecendo e do que eram aqueles símbolos, mas ela percebeu que eles eram mais do que simples desenhos. Eles eram alguma coisa a mais... Eram códigos... Eram códigos de acesso a um Eu Maior...

Nascia, assim, o Sistema Cósmico de Tempo Real.

(fim do capítulo 5)