SOBRE A VERDADE, Soberana de Mim, capítulo 3.




Capítulo 3







Agora nós vamos dar um salto quântico até o ano de 2019. Eu estava postando um texto no meu Instagram, mostrando uma foto de um batom labial feito com óleo de côco líquido. A foto estava muito bonita, tudo colorido, do jeito que eu gosto. Estava tudo pronto no meu estoque: a embalagem para montar o batom, um pote cheio de óleo de côco. Então, caso eu tivesse algum pedido, estava tudo ali, pronto para ser montado. Mas aconteceu algo estranho, a foto não teve nem uma curtida sequer, e nem um pedido do produto no meu inbox. 



Os anos passaram rápido e agora eu estava sempre com a Alice. Tinha feito todos os cursos, e havia me formado como Instrutora de Meditação do Sistema Cósmico de Tempo Real, e eu também havia assumido o meu posto e a minha função natural de coordenar o desenvolvimento o material didático da recém-nascida Escola do Cósmico. A vida seguia em paz e eu estava profundamente feliz. 

As imagens “dele” me vinham em mente, e eu sabia que, em alguns dias, eu ia precisar me mudar, deixar aquela história para trás, com todas as mentiras, e esquecer o passado, e seguir em frente com a minha missão. 

Eu sacudi a cabeça, para afastar aquela lembrança que eu não ia aceitar mais. A conversa seguia animada durante um dos encontros com a Alice, em uma das aulas onde recebíamos valiosas instruções sobre a estrutura do nosso ser, técnicas para entrarmos em contato direto com o nosso Eu Superior (Eu Verdadeiro), detalhes engenhosos dos nossos Corpos de Luz, subdivididos em quatro intrínsecos Sistemas (Comunicação, Criação, Integração e Unificação), símbolos que compõem a estrutura de cada um desses Corpos de Luz com os quais fomos criados e fazem parte de nós, e a forma e local exatos onde eles se interligam em nosso corpo físico, desta forma nos alertando quanto aos pontos que precisamos investigar em nossa Mente Superior. 

Aquela coisa toda era tudo o que eu sempre quis na vida: conhecer essa estrutura de mim. Conhecer de onde eu venho, como eu realmente sou, saber o que eu posso fazer com isso. 

Mas agora eu tinha um compromisso: como uma das três primeiras instrutoras do Curso de Meditação do Cósmico a serem formadas pela Alice, eu deveria fazer a Meditação dos Pilares todos os dias. Afinal, eu era instrutora, e como eu ia dar aula de algo que eu não vivenciava, verdadeiramente, todos os dias? 

Essa técnica específica de meditação do Cósmico – a dos Pilares - limpa e desobstrui os pilares por onde fluem as informações do nosso Eu Superior para nós, e também de nós para Ele. Ela também nos alinha com a Hora Certa Universal, e nos sincroniza com os eventos do Universo. Nós mudamos os pilares de lugar, quando a lua muda. 

Resumindo mais ou menos... lembra daquela minha visão na floresta, de anos atrás? Lembra daquela Natália sorridente, reluzente, azul e giratória? 

Pois bem, essa mesmo. Eu estava dentro de um tubo de luz, certo? Pois é justamente este tubo que eu aprendi a limpar, desobstruir, para afinar a conexão com aquilo que agora eu conheço como "minha Mente Superior" ou "meu Eu Superior". 

Os tijolinhos com os quais foram construídos o Universo - o ar, a madeira, o metal, o fogo e a água - todos esses tijolinhos se manifestam em forma de diferentes símbolos... e podemos fazer um monte de coisas com eles... (A gente aprende tudo isso lá no Cósmico.) 

Mas eu dei esse salto no tempo até o ano de 2019 para falar mais sobre a Verdade. E para compartilhar com você, leitor, que exatamente neste ano em que escrevo estas linhas, justamente por ter conseguido reajustar o meu Relógio Interno Cósmico com as sintonias e com as sincronicidades do Universo (por causa dessa Meditação), foi então por isso que eu senti dentro de mim essa irresistível vontade de voltar a trabalhar com os livros. Dessa vez, sem os holofotes. Sem as expectativas mega exageradas de tudo e de todos. Nem de mim mesma. Eu apenas... de verdade... estou deixando fluir este meu amor pelos livros, por esta vontade de produzir histórias que "fazem bem para a alma". 

Sim, eu fiz as pazes com a Natália que repetia "Eu quero ajudar as pessoas." Porque agora eu posso. 

Eu posso ajudar as pessoas porque agora eu posso ajudar, em primeiro lugar, a mim mesma. 

E eu escrevo essas linhas justa e perfeitamente no ano de 2019, porque eu reabri, de certa forma, a minha editora, mas agora em carreira solo. Digo “de certa forma” porque nem tem CNPJ de novo ainda, e nem sei se vai voltar a ter! Não sei se é esse caminho que eu quero... Mas eu chamei esse movimento, para mim mesma, de Editora Amor! E estou trabalhando nos livros da Alice, da Escola do Cósmico, e também nos livros sobre a Medicina das Rosas (Cris, Helô, Frei Kauê, Andréa e eu) , no livro do Marcelo de Jesus, e prestando assessoria para alguns autores. 

Acontece que, em meio a tudo isso, eu estou com um desafio novo: tirar uma foto da Alice Domingues, meditando. Parece simples, mas produzir essa foto está sendo o cerne de uma base filosófica muito profunda com a qual estou lidando todos os dias. (E isso está me fazendo muito bem.) 

O novo livro da Alice está em produção e está ficando muito bonito. Nada de livro digital. Estamos criando um livro impresso, com conteúdo digital, e um documentário bem bonito. O nome do livro é "O Livro das Meditacões", e vai dar acesso ao primeiro curso online da Escola do Cósmico. Estou feliz em ter recebido, alguns dias atrás, o título oficial de Coordenadora do Desenvolvimento dos Materiais Didáticos, Livros e Apostilas da Escola do Cósmico". Isso inclui o desenvolvimento dos Mapas do Sistema Cósmico, os Documentários, e tudo mais que envolve esse processo. 

Foi por causa desse novo livro que eu mandei um email para a Alice pedindo para marcar um dia com ela para produzirmos uma foto bem bonita dela meditando. Talvez usando uma bata? Ou em uma floresta bonita? E a resposta dela foi um não bem simples e direto. "Eu não vou tirar uma foto que não é verdade! Eu não uso bata! Eu não vou tirar uma foto com bata! Eu não medito na floresta! Eu não vou tirar a foto na floresta!" 

Ao mesmo tempo que aquele não arruinou um pouco com todas as ideias de fotos que eu estava tendo, aquele diálogo me levou a um novo nível de entendimento sobre como ser mais verdadeira em tudo, em cada pequeno detalhe. E eu agradeci por estar tendo a chance de conviver de perto, por todos esses anos, com essa figura fantástica que é a Alice Domingues. Ela não gosta que a chamemos de Mestra, mas é isso que ela é para todos nós. Não tem como ser diferente. 

Então nós estávamos rindo no dia da aula, porque eu finalmente entendi a razão do meu post no Instagram ter dado tão errado. Porque ele não era verdadeiro! 

"Mas eu estava com os potes e com o óleo de côco no estoque, Alice!", questionei. 

"Mas o produto não existia!", Alice ria, enquanto me explicava. 

Tive vontade de pegar o telefone e mandar uma mensagem para “ele”, dizendo, “A verdade cura. Tudo poderia ter sido diferente.”, mas deixei pra lá. 

A Eva também estava lá. Ela é a Coordenadora do Departamento das Joias do Cósmico, onde são fundidos os elementos com fogo, os minerais.. é onde a alquimia da Alice acontece... e ganha as mais variadas formas, formas de Joias. Joias que abrem portais, que equilibram campos, que limpam, que desobstruem, que concedem entendimento. 

No Cósmico tudo funciona em termos de sentir e de aprender com os sinais. "Foque no aprendizado, e não no sofrimento," é o que a Alice ensina. E é o que treinamos fazer na vida. 

Uma vez, perguntei a ela algo que também nunca esqueci, nesses seis anos em que estudo o Cósmico diariamente, "Alice, por que a minha antiga empresa não deu certo? Eu tinha tudo. Tinha uma investidora, tinha uma boa ideia. Eu não entendo por que os livros não vendiam..." 

E ela me respondeu, "Tem que ver como o projeto estava sendo energizado..." 

"Como assim?" 

"Tem que ver com que tipo de energia era alimentado o projeto." 

"Eu só trabalhava, dia e noite, Alice. Eu não alimentava o projeto com energia..." 

E então eu aprendi as técnicas do Cósmico para escanear os meus projetos e alimentá-los com luz e energia, e assim materializar a frequência exata que eu queria gerar no meu projeto. 

Isso era um grande passo para mim. Eu saí daquela menina aflita na mata, rodeada pelo tambor-tigre, e agora eu tinha me tornado não uma pessoa que sabia de tudo, mas uma mulher apta a compreender melhor a estrutura de mim mesma. Eu tinha agora um método, eu tinha técnicas de meditação eficientes que eu podia usar para lançar e receber símbolos através daquele lindo tubo de luz, e eu com certeza fazia bom uso de tudo isso que eu estava aprendendo dia a dia. 

Mas era impressionante como, a cada dia, eu podia me aprofundar mais e mais em um novo nível de entendimento... 

O pai da Alice era florista. A mãe dela é uma senhora muito bonita e educada que está sempre lá na Escola. A Alice se formou em engenharia e em análise de sistemas, e trabalhou na equipe da Embratel que colocou os primeiros satélites do Brasil em órbita. 

Mas, naquela época, a Alice ainda não era a Mestra Alice que ela se tornaria no futuro. Ela era uma profissional das tecnologias, ela era uma das responsáveis pela mesa de controle dos satélites. Se algo desse errado naquela mesa, onde quer que ela estivesse, ela tinha que parar tudo na vida dela e ir lá dar um jeito em tudo aquilo. Uma vez era carnaval e era o turno dela como responsável de plantão da mesa de controle. Houve um problema de comunicação e ela teve que resolver. Isso é só para dar uma ideia de quem era a Alice no passado, e como era a vida dela. Pais floristas, criada em Jacarepaguá, com todo o conforto de uma vida próspera, porém também enfrentou desilusões, desencantos, e entrou em uma busca por algo maior. Algo que a engenharia e a análise de sistemas por si só não davam a ela. 

Então ela foi estudar cura prânica com o Mestre Choa Kok Sui, se dedicou muito a isso, e escreveu uma série de livros chamados Brincando com o Prana. (Eram esses livros que eu tentava lançar na minha antiga Editora Biancovilli...) 

A Alice também abriu um espaço holístico, onde organizava cursos. O da Jasmuheen foi um deles. Ela era aquela mulher que estava famosa e foi até no Jô Soares, porque ela sabia viver só de luz. Acho que isso ficou tão famoso que todos nós já ouvimos falar sobre isso, certo? 

E a Alice trouxe a Jasmuheen para o Brasil, junto com a sócia dela. E como tudo com a Alice tem que ser absolutamente calcado na verdade, ela não ia vender um curso que ela não tinha passado pelo processo. Então ela resolveu passar pelo processo de viver só de luz. 

E foi aí que muita coisa mudou na vida da Alice, porque ela começou a emagrecer, e deixou a família dela preocupada. Aquilo não podia ficar assim, ela tinha que comer. A pressão foi muito grande, mas a Alice colocou pé firme de que ela ia voltar a comer, sim, mas só depois que o peso dela voltasse ao normal. Então ela começou a escrever, todos os dias, setenta vezes, em um papel "beleza perfeita" "beleza perfeita" "peso perfeito" "peso perfeito"... Essa é uma técnica de materialização do Renascimento: repetir algo setenta vezes para que se materialize. 

E foi durante essas escritas que a Alice começou a ver esses desenhos... uns códigos... uns símbolos bonitinhos e simples... que ela começou a anotar no papel... Era como se fosse um idioma vindo de algum lugar... e, com o tempo, ela percebeu que aquele símbolo significava aquela palavra, e ela podia simplesmente desenhar o símbolo do peso, em vez de escrever a palavra inteira. 

A Alice estava acessando campos... da Mente Superior dela... a mente superior é onde estão contidas todas as nossas qualidades divinas, e nós podemos acessá-las. 

O primeiro símbolo que chegou foi o da Beleza, porque ela precisava se refazer, refazer a sua beleza, aparência, seu peso, para seguir em frente. 

Mas a Alice ainda não fazia ideia de toda a estrutura da engenharia Cósmica da Criação que ela iria sistematicamente entender, sentir, catalogar, estruturar e esmiuçar para centenas e, depois, milhares de alunos que, assim como eu, estavam sedentos de mais informações sobre esta estrutura de nós mesmos. Sobre a estrutura do nosso Verdadeiro Eu Sou. 

Ora, por favor, isso era algo que deveríamos aprender na escola, desde pequenos. Por que esse direito nos era negado? 

A Alice estava chegando para mudar tudo isso. Para retirar os véus da ignorância sobre a nossa própria estrutura. Nós tínhamos um carro (nossos corpos de luz), mas ninguém nunca nos havia ensinado a dirigir ele! Nós tínhamos uma nave, uma nave que não sabíamos pilotar. E essa nave éramos nós mesmos. 

E é sobre essa estrutura, e essa nave, que eu vou falar aqui nesses relatos, enquanto conto mais sobre a minha convivência com a Alice Domingues, e com o Sistema Cósmico de Tempo Real.