OS SERMÕES DE SANANDA - I - O VENDEDOR DE CERVEJAS.


Ilustração digital por Natália Biancovilli  :)





Escrito por Atma após um encontro com um Espírito imbuído da Consciência Crística Universal: Mestre Sananda, na madrugada do dia de Reis, do dia 6-jan-2014 para o dia 7-jan-2014, aproximadamente às 4h da madrugada. No 7º dia do meu 3º ciclo de 21 dias x 21 vezes de auto-cura com o Reiki. 



Prólogo:

Uma Criança sofrida está perdida no choro e na dor. Tentando fugir das desilusões, acaba se perdendo em um labirinto terrível, o que só aumenta a sua estranheza, a sua confusão mental, seu choro e sua dor. 

Ficou presa ali a criança, remoendo as cenas de arrogância, egoísmo e abandono que havia sofrido e que haviam lhe causado horror.

Porém, um dia, um anjo altruísta, resgatou a criança do labirinto e lhe devolveu a fé na gratidão, na prosperidade e na abundância.

Estavam agora em outro patamar de consciência, vibração e energia!

E era agora eu uma mulher crescida. E eu estava nas dunas de um deserto, quando então passou por mim um homem vendendo cervejas. e me fez uma pergunta: 



"Que palavras são boas para mim?"



Empolgada, respondi muito rapidamente:




"Suce$$o! 
Que de melhor poderia eu te desejar 
do que boas vendas para os teus produtos?!"





Intensamente tocado, o homem silenciou,

olhou bem fundo nos meus olhos, e disse:




"Automaticamente, me respondes... 'sucesso'... 

Palavra pronta, roubada, pré- estabelecida! 



Com duas cifras nos $$, 

traz a ideia do dinheiro viril - 

meu companheiro, - 

'que eu adoro'!



Mas, te digo: palavras são só palavras!

Não trazem conteúdo nenhum em si!



Que palavras são boas para mim?

Sou tão desconhecido assim?



Ou, como diz uma lenda transcendental

do Oriente, sou muito mais,

sou até um pedaço de ti?!



As palavras, por si, são mortas.

Ou são morte.



Muitas vezes, quisera eu engoli-las de

saídas do peito, escapuliram assim.

Causando danos.

Algumas vezes, danos sem fim.



Mas foram ditas.

Trazidas do mais profundo de mim.

E, como terremotos, cumpriram o seu fim:

desmascararam mentiras,

puseram fins,

desmoronaram ilusões.



Triste? 

Sim... Algumas vezes, sim.

Quantas vezes, quisera eu engolir

de volta as minhas palavras.

Mas... enfim... cuspidas já estavam.



As palavras, cara "amiga",

não possuem força alguma por si.



O que me interessaria ouvir...

e é o que eu procuro quase que de modo

por essa terra sem fim,

é palavra dita - qualquer que seja -

mas só depois de investigado o Espírito,

e proferida com intenção verdadeira!



Esta, sim, vem carregada de sentimento...

Sentimento que vibra, que muda,

que impressiona, que...

que move...

montanhas!




Eu?

Eu sou um simples vendedor de cervejas.

Eu ando por aí.

Desfaço ilusões.

Porque a cerveja faz perder juízo

e se abrir as portas do coração

e se dizer o que sente.

Mostra o que há

embaixo do tapete.

Faz a língua fica frouxa!

É verdade, sim.

Não que precisasse ser assim.

Mas é assim que é.



Quantas vezes já vi, minha amiga...

(Posso te chamar de amiga?)

... Quantas vezes já vi

a cerveja dourada

passar pelo túnel da garganta,

ganhar estômago,

subir pra cabeça,

e daí começar

uma chuva de verdades?



Desfazedora de ilusões! Ha!



Há também os que bebem

para buscar apagar

memórias de abandono

ou de cenas tão torturantes que se viveu

que é mesmo impossível de acreditar...

Como certos pais tratam seus filhos...

levando-os a infernos de realidades

que eles não poderiam suportar.

Não sem antes enlouquecer.



Pois são Crianças jogadas no espelho do mundo

E chocam-se com si mesmas,

e vêm tristes realidades:

a vaidade, o orgulho,

a cobiça, a luxúria.

O descaso.



Estas Crianças - e aqui não falo de idade

mais, só falo de vida -

elas bebem para esquecer.

Bebem porque o labirinto as deixou doidas.

Não suportam mais chorar.



Ah, como gostariam de esquecer!



Palavras, por si, não têm peso nenhum.


Procure não dizer

palavras carregadas de rancor,

de medo, de ilusão...

Nem palavras sem sentimento:

repetidas, enlatadas, na ponta da língua,

sem nenhuma investigação.



Antes, eu preferiria que tu me olhasses nos

e assumisse uma não-pressa

em me responder.



Por que tens que ser tão inteligente?

Ter resposta pronta para tudo?



Faz-te calar primeiro!

Eu até vou gostar mais... sabia?


Cala-te!

Faz o que o teu Espírito Maior te ordena.



Olha no fundo dos meus olhos primeiro.

Sente quem eu sou...


Um desconhecido vendedor de cervejas?

Ou, como diz a lenda transcendental...

Sou muito mais?

Sou tão íntimo de ti que mal podes suportar.

E aqui digo suportar de tanto... amor!




Então vem!

Investiga os meus olhos!

Eu tenho buscado tanto

essa sinceridade d´alma.

Mas, muitas vezes,

já não sei mais onde encontrar...



Acho que é por isso que eu vendo cervejas.

Porque, pelo menos assim,

tenho a certeza de que,

por onde eu passar,

o líquido dourado

fará, por mim,

o que quisera eu

fazer pela Humanidade:

trazer essa sinceridade à tona.

Essa sinceridade

que procuro.

E que, ao meu ver,

é o que vai

verdadeiramente,

"salvar" o mundo!




Andei por terras distantes.

Andei pelas dunas do deserto.

Tive Mestres.

Bebi da fonte deles.

Hoje, te digo, quem Eu Sou:

sou um vendedor de cervejas -

líquido dourado -

que alguns dizem que é do diabo.

Mas eu te digo que o diabo não está na

está na não-espontaneidade do teu espírito!



Ah, minha perfeita amiga!

Te fiz uma simples pergunta!

Que palavras são boas para mim?



Veja que as palavras, por si, não têm

nenhum fim.



Outras vezes, são como o Vento.

Ou ventania.

Ou tempestades...

De areia, 

formam dunas.

Ou são como areias movediças.


As palavras são movimento.


As palavras que eu quero

são aquelas que vibram

que vêm do peito

que me gelam

me congelam

me estonteiam

me sacodem todo

me fazem parar

para te ouvir.

Mas, de verdade!



Mas, se o que podes me dar

são palavras de um não-silêncio...

Então eu vou-me embora.

Mas com fome...

Vou embora com sede.

Com sede do que poderia ter vindo

da tua alma.



Mas preferistes ficar na superfície.

Então eu te dou um sorriso raso.

Sou agora o teu espelho,

tua meia-verdade,

tua não-entrega,

tua não-investigação.



Percebes, minha amiga,

o quanto te falo com verdade?

O quanto o meu peito é intenso

deste querer?

deste amor?

desta... entrega ao que é viver?




Talvez tu precises de uma cerveja?

Talvez eu te dê uma!

Assim, na esperança deste líquido dourado

te fazer capaz de dar... perdão.



Para que, com o perdão,

você possa lavar da tua vida

as lamas das tempestades

das palavras que foram ditas,

digo, cuspidas por ti!



Talvez eu te dê uma cerveja!

Talvez, assim, você tome coragem

para realizar os teus sonhos,

desfazer mentiras,

e não criar outras novas.



Mas, te digo: a cerveja, em si,

ela também é um mistério.

Pois, dentro de si,

é como um Caminho do Oriente:

se mal usada, te levará de volta

ao teu labirinto infantil,

onde terás que te ver de novo,

despida de ti,

frente a frente com os teus medos

mais aterrorizantes.


E aqui eu falo do medo do... Amor!



Ah, sei que não podes

totalmente me compreender...

Não ainda...

Amada Criatura!


Então só sente...

Só sente este Amor e esta Ternura...

que trago por ti...

e por todas as Criaturas deste mundo...



Não... não te percas na cerveja...

Ela é boa somente em pequena dose.

Em dose maior,

ou constante,

leva ao labirinto.



E, então, minha Querida?

Já sabes o que me dizer?

Que palavras são boas para mim?...





Então te dou um exercício -

destes místicos assim do jeito que Eu Sei

que tu gostas...


Te trago, assim, por pura Ternura...

porque é isso que se faz a quem se ama.


Toda vez que um desconhecido -

ou conhecido -

passar por ti

faz dele primeiro o teu espelho,

e só diga a ele palavras

que seriam também boas para ti.


Nunca digas nada cheio de vazio.

Porque isso dá uma fome

muito mais insaciável

do que poderia nutrir

o teu silêncio.


Faz do teu desconhecido -

ou conhecido -

um espelho teu.


Assim, acharás a saída

para o teu labirinto infantil,

onde a tua Criança chora

ainda tão sofrida.


E, fora do labirinto,

te será dado muito mais

do que você pedir.


Te darão confetes (doces) coloridos.

Doces para adoçar a tua boca.

Te darão alegria.


Mas, primeiro, me promete

uma coisa: o teu perdão.

O ter perdão pelo mundo ser assim.


Pelas coisas não serem exatamente do

que tu gostas.

Pelos teus pais serem tão imperfeitos.

Pelas pessoas serem cheias de cobiça e


Hoje eu vim enxugar as tuas lágrimas,

Te dizer que não precisas mais beber

(nem injetar drogas no teu sangue).

Para ser quem tu verdadeiramente és!



Que a Luz Dourada

do Pai Sagrado recaia sobre ti.




Teu amigo vendedor de cervejas.



Mestre Sananda

A missão da Editora Biancovilli é levar Histórias que Fazem Bem para a Alma para pessoas de todo o mundo. Os títulos da coleção OS SERMÕES DE SANANDA estão disponíveis gratuitamente neste blog, com seu texto na íntegra, para que todos possam ter acesso a ele. Pedimos apenas que seja citada a fonte do texto, caso ele seja utilizado em oficinas que conduzam à reflexão. Esse texto é excelente para trabalhar a questão da comunicação nutritiva entre as pessoas, no lugar de trocar palavras rasas e sem conteúdo verdadeiro... como bem explica o texto. Quem desejar adquirir a versão digital do epub e do aplicativo musicalizado (música de Thiago Jamas) que está sendo produzido para o ano de 2015, poderá encontrar no nosso site: www.biancovilli.com Os valores das vendas dos livros têm o objetivo de serem empregados na administração da Editora Biancovilli e todos os excedentes em obras sociais. Nós acreditamos em um mundo melhor, onde o Amor está à frente dos interesses econômicos, onde a Natureza precisa ser Respeitada e Protegida, e onde o Ser Humano deve fazer esse caminho de volta para Deus. 

Sinceramente com todo o meu coração,

Natália Biancovilli
sob o pseudônimo de Atma com minha irmã gêmea Andréa Biancovilli

Fundador da Editora Biancovilli
do Clube da Prevenção
e da Galeria Biancovilli


A serviço.