Tudo tem consciência.


Querido Diário,

Tudo que existe tem uma consciência. Tudo é energia.

O nosso corpo tem energia, tem consciência. O nosso espírito não é o nosso corpo, só temporariamente. Quero dizer que, durante o tempo em que estamos abrigados em nosso corpo, nós somos também este corpo. Ele sou eu. Eu sou ele. Mas o corpo ser “eu” é transitório. Nós recebemos, como um presente divino, essas bilhares de consciências (células), de quem precisamos cuidar bem, pelo tempo que estivermos responsáveis por esta comunidade.

As outras pessoas são consciências, e precisamos ter respeito por elas.

O planeta Terra é uma consciência.

As plantas são consciências.

Os animais são consciências.

Quando eu digo consciência, Diário, é consciência mesmo, ou seja, com pensamentos, emoções e tudo mais.

Os objetos têm consciências.

Sim. Copo, vestido, cadeira, caneta, tudo. É por isso que quando eu pego um vestido para ver se é com ele que quero sair, caso eu não o escolha, eu preciso devolvê-lo ao armário com respeito. Senão o vestido – literalmente – chora! As consciências ficam magoadas com a nossa falta de sensibilidade.

Cada consciência no seu nível de manifestação, mas, sim, consciências!

Estou frisando bem esse ponto porque eu vejo que as pessoas se relacionam com as consciências, neste planeta azul, de um modo bem curioso.

Agora mesmo eu estava comentando, da forma mais natural do mundo, que o copo tem uma consciência e que, por isso, temos que tratá-lo bem para que ele não fique magoado, e a minha irmã torceu o rosto inteiro em um ponto de interrogação.

“Peraí, me explica isso de que o copo tem consciência!” pediu ela.

Não entendi porque ela não sabia isso, mas expliquei assim mesmo.

“Sim. Tudo o que existe tem uma consciência. O copo, o computador, a impressora, até o chato do telefone. Vou te dar um exemplo bem claro: eu não gosto de telefone. Então, a consciência que tem a forma de um telefone sente isso e fica magoada comigo. Eu não deveria dizer ‘eu não gosto de telefone’, porque tenho que respeitar o fato – e a necessidade – de ele existir.”

“Acho que entendi,” ela falou.

Aí o telefone tocou. Era uma amiga nossa em comum, contando que estava muito triste porque tinha visto uma cena terrível, da janela da casa dela. Por conta disso, estava acordada. Passou a madrugada inteira rezando pela menina, que estava sendo maltratada por bandidos dentro de um ônibus que passou na rua onde ela mora...

Aí eu entendi o “pesadelo terrível” que eu tivera essa noite....

Sonhei que eu estava em uma van e que, de repente, o cara da van parou e me colocou para fora da van. Mas ele me deixou em um lugar horrível, perigoso, cheio de marginais. Era um lugar muito perigoso. Fiquei desesperada, pois não sabia como eu ia fazer para passar por ali sem ser maltratada ou mesmo assassinada.

Virei-me e, com uma indignação muito grande, falei com o cara da van,

“Que isso, cara! Você vai fazer isso comigo? Como você pode fazer uma maldade tão grande assim?”

Eu estava desesperada e indignada. Mas, logo eu pude ver a maldade insana nos olhos daquele homem... E vi que não adiantaria argumentar. Ele tinha o mero prazer de me ver sofrer.

“Ih, colega. Você tem é que dar graças a Deus porque eu deixei você sair dessa van!” disse ele, abruptamente, cerrando a porta da van, com prazer por me deixar aflita naquela situação.

Sem rumo, triste, amargurada e desesperada, vi-me diante de uma estrada de lama. Tudo estava muito escuro. Eu morria de medo, e não sabia o que era pior: tentar seguir adiante, ou tentar voltar. Vi os rostos de alguns homens ameaçadores, e me senti paralisada.

Mas foi então que eu senti a presença da minha irmã junto comigo, e aquilo me deixou um pouco mais tranqüila.

Eu caminhava, sem saber o que fazer, e a minha irmã vinha vindo atrás de mim...

Uma hora eu parei, e balbucei, “Meu Deus... Eu não consigo enxergar nada... Como vou atravessar esse caminho para voltar para casa?” Parei, desesperada.

Foi nessa hora que um farol de luz iluminou uma parte da estrada e foi esse flechezinho de luz que me salvou, porque aí eu pude ver, ao menos por alguns segundos, como era o contorno da estrada, e vi que, mesmo aos trancos e barrancos, ia dar para continuar. Eu tinha que ir aos poucos, com fé de que eu poderia ir avançando devagar e eu ficaria esperando por novos flashes de luz na minha estrada, que me ajudariam a ir continuando, até que eu conseguisse chegar de volta, em casa.

Quando a P. me relatou o que aconteceu com a menina, entendi que a P. foi o raio de luz que ajudou aquela moça, esta noite, a não ficar totalmente louca e voltar para casa. As orações da P. foram a irmã que a acompanhou, que deu a ela forças para conseguir enxergar um pingo de luz naquela estrada perigosa. Tenho certeza que a P. vai continuar mandando muita luz para essa moça, e eu vou mandar as minhas orações também.

Por alguma razão, as nossas vidas se cruzaram e nós estamos criando esta conexão de fraternidade e auxílio....

Tudo é uma grande onda de energia... Vamos vibrar, o máximo possível, em fraternidade e compaixão.

Quando estiver difícil (pois às vezes convivemos com muita maldade em nossa vida, o que faz o nosso coração endurecer um pouco), procure a ajuda da Natureza. Conecte-se com a Natureza, faça um floral, procure uma Yoga, um Tai Chi Chuan. Faça a sua parte para se conectar com o que a vida tem de bom, e assim estaremos fortalecidos para ajudar a quem precisar, quando for necessário, e poderemos receber também ajuda fraternal.

Porque ninguém faz nada sozinho.

Em uma situação como essa, enviar rancor para as criaturas que praticam atos desastrosos, só iria reforçar a maldade em que eles se encontram.

Vamos orar, e rogar que essas consciências possam ser também iluminadas, e que possam ser felizes, assim como nós somos hoje em dia.

Cada um tem que aprender a lidar com as suas frustrações, com o seu ego, sem descontar nas pessoas ao seu redor.

Voltando ao assunto de que tudo tem uma consciência, eu lembrei que eu falei isso com a minha irmã porque estava mostrando, no jornal, um engenheiro que diz que ele “escuta o que o Maracanã fala com ele”. Ele falou, “o concreto tem uma consciência. Tem uma vida. Quando eu faço uma obra, eu tenho que escutar o concreto, o tijolo... o que eles querem falar comigo.”

O vidro, por exemplo, não é vidro. É água escorrida. Só que está em uma dimensão onde tudo acontece muito devagar. É por isso que ninguém vê o vidro da janela escorrendo. A pedra, ela cresce, se multiplica, e morre. Mas ninguém percebe, porque demora muito. Já as vibrações das dimensões muito rápidas, as pessoas também não conseguem (geralmente) ver ou perceber. São as dimensões 2D, 3D, 4D... até 11D.

As cartas do meu baralho são trinta e seis. Cada uma daquelas cartas é uma consciência e eu tenho uma conexão com elas. Elas realmente falam, se conectam. Não é um falar com voz, porque carta não tem boca. Isso é óbvio. É um falar de outro jeito, é um TRANSMITIR.... As cartas transmitem uma vibração, que é possível ser sentida. E aí se dá a comunicação delas comigo. O mesmo para as minhas roupas preferidas. Sabe aquela blusa amarela que eu adoro? Ela fica “feliz” quando eu a escolho, de novo, para usar. As minhas sandálias preferidas.

Um leque muito interessante de informações se abre diante daquele que se permite estudar sobre esse tipo de assunto.

Não é religião, misticismo, macumba. É fato. É física quântica. Ms é tudo isso junto.

Me deu vontade de ir escrever e pintar.

Tchau, Consciência-Diário.