BABAJI. QI. BOLAS DE PRATA NO AR. MATEMATICAMENTE COMPROVADO.


BABAJI. QI. BOLAS DE PRATA NO AR. 
MATEMATICAMENTE COMPROVADO.

Oi, Diário.

Quando eu fiz o curso de iridologia com o professor Enilson, um dia fomos todos juntos para o metrô e, enquanto esperávamos o trem, eu comentei com o nosso grupo que eu era muito mais racional do que emocional. Todos discordaram, dizendo que eu era, com certeza, pura intuição. Nem lembro por quê entramos naquele assunto... Sei que sacudi a cabeça negativamente, convencida do que eu estava afirmando. Quem melhor do que eu para saber? Não satisfeito, o professor pediu-me para fazer alguns testes e ficou constatado que, de fato, eu era mais razão que emoção.

Fiquei contente com o diagnóstico – ou, melhor dizendo, com a diagnose! - e segui para casa radiante. Análise! Observação! Comparação! Julgamento! Esse negócio de ser mais emoção nunca combinou comigo.

Eu lembrei desse episódio da razão porque ontem eu vi, de novo, as bolas prateadas que costumo ver no ‘ar’ (manifestações do Qi, ou Prana). Elas estavam no campo áurico do meu namorado, enquanto ele manuseava o livro “Autobiografia de um Yogue”, escrito por Paramahansa Yogananda.

Suspirei, extasiada, observando as belíssimas formas prateadas. Ele estava procurando um trecho sobre Babaji que queria ler para mim. Quando então uma das “bolas prateadas” me sugeriu: “Leia a página 79, porque lá tem algo que você vai gostar”. O Qi se manifestou e depois emanou uma doce alegria para mim. Encantei-me com a doçura daquela manifestação e logo quis saber o que teria de bom naquela página.

Levantei o dedo indicador e, sem dar explicações, disse, “Amor, por favor, você poderia ler a página 79 para mim?” Ele indagou por quê com os olhos e, com um levantar de sobrancelhas, pedi, “Apenas leia, por favor...”

A voz do meu namorado é grave e forte. Ele estava deitado de barriga para baixo no colchão, e eu admirava o seu porte físico: belo, saudável e flexível. Eu estava sentada, encostada no armário, e podia ver os seus cabelos encaracolados, com as mechas brancas que enfeitam o topo da cabeça na parte da frente, perto da testa.

“Que charme...” pensei, enquanto o meu filósofo dançava com o dedo indicador por cima do primeiro parágrafo da página 79, procurando algo importante naquele trecho.
Tão logo ele começou a ler – ele não tinha muito entusiasmo, porque o primeiro parágrafo lhe parecia desinteressante - eu compreendi que o presente era mesmo para mim: logo nas primeiras palavras, vi que o trecho falava sobre um cientista indiano...

“Opa, cientista! Legal!” pensei, e gostei do que ouvia. Sorri - com o meu espírito - para a amigável bola prateada indiana que nos acompanhava, inspirando o campo áurico do meu amado, que continuou lendo.

A página 79 falava sobre esse cientista indiano chamado Bosse (acho que é assim que se escreve) que fazia pesquisas com as plantas! Fi-to-te-ra-pi-a! Que máximo!! Meu companheiro continuava lendo e eu ia sentindo o meu coração pulsando de felicidade, os meus pulmões se enchendo de ar e se esvaziando. A bola prateada pulsava, linda, cheia de felicidade também! Que mágica conexão! Quantos amigos espirituais temos! Nunca podemos nos considerar sozinhos!

Logo, uma outra bola prateada se aproximou do campo áurico dele, senti que agora era uma energia agora feminina. E ficou ali, também pulsando para nós.

Após a leitura do meu “presente” (página 79), senti a forte necessidade de construir um laboratório para pesquisas com as plantas, no alto das montanhas. Peço a Deus que me oriente. Já tenho até idéia do grupinho de pessoas muito especiais que me acompanharão nessa empreitada... Sei que vai acontecer, no tempo certo. Será benéfica esta pesquisa com o Reino Vegetal... Uma pesquisa transcendental...

Dei um suspiro prolongado e o quarto onde estávamos estava agora tomado por uma atmosfera sagrada. Meu lindo então cerrou o livro e olhou-me com carinho. Olhei-o de volta, no fundo dos olhos, e depois depositei um beijo nos lábios dele. Aproximei os meus de seu ouvido e sussurrei, “Os seus lábios são sagrados neste momento, para mim. Porque você  está enchendo o meu espírito de alegria com esta leitura!” Ele sorriu, e voltou a concentrar-se no livro. Procurou, com mais insistência, o trecho que ele queria mostrar-me: uma aparição de Babaji para um devoto.

“Ah, que bom! Encontrei a parte que eu queria!” anunciou, e até me ajeitei melhor para ouvir a história.

Eis que Lahiri Mahasaya mandou um devoto ir a determinado local em uma noite e ficar lá sentado. Enquanto o devoto obedecia o mestre, eis que ele presencia a aparição da belíssima irmã de Babaji – a Mataji. Mataji, com sua divina presença, estava conversando com Lahiri Mahasaya quando viram surgir do alto dos céus uma bola de energia maravilhosa, que aproximou-se deles e logo materializou-se na forma do amado Babaji – mestre que vive até hoje no alto das montanhas do Himalaia, ancorando o planeta Terra com sua energia transcendental e poderosíssima. Os olhos do meu filósofo brilharam vivos de emoção... Sentiu a voz falhar. Esforçou-se para continuar lendo, porque queria que eu ouvisse aquela história.

Meu amado me falou que eu possuo méritos espirituais acumulados porque tem sempre alguém para ler o livro Autobiografia de um Yogue para mim. Apesar de eu não pertencer à Self Organization Fellowship e não ser iniciada na Kriya Yoga, eu tenho uma conexão forte com o mestre Yogananda. Uma vez, tempos atrás, eu sonhei com o mestre. Ele aparecia para mim e ordenava que eu parasse de ser preguiçosa, começasse a meditar todos os dias, e fizesse o que eu vim realizar nesta vida. (Todo homem deve realizar o propósito maior da vida que é o auto-conhecimento e não ficar vivendo só para trabalhar e abastecer as necessidades da matéria. Esse não é o propósito da vida. Enche barriga, mas não realiza o espírito.)

Antes de eu conhecer o Marcelus, eu tinha um amigo chamado Rafael que sempre lia trechos do Autobiografia de um Yogue para mim. Por alguma razão, eu sempre preferi que fosse assim. Não com outros livros, só com esse. Gosto que leiam para mim. Gosto de ouvir as histórias sagradas. Com o tempo, Rafael e eu acabamos nos distanciando e anos depois o cargo da leitura foi transferido naturalmente para o meu companheiro.

É interessante o imenso prazer que nós temos nessa atividade, Marcelus e eu. Ficamos, juntos, maravilhados com as histórias dos mestres indianos. Eu sento, abraço as pernas e abro o coração para ouvir e vivificar o meu espírito. Ele se concentra e lê bem devagar para mim, com aquele vozerão lindo que ele tem.

Então, mais uma vez, essas aparições mágicas vieram me comprovar, matematicamente que, de fato, existe uma energia cósmica universal (invisível para alguns, porém já visível para muitos de nós...) que age, interage! Quantas vezes eu já vi o Qi, meu Deus... se manifestando das mais diferentes formas... Ora como bolas prateadas, ora como uma chuva de prata que cai do céu e me banha com uma energia tão incrível que nem tenho como descrever sua força, beleza e o quanto ela é deliciosa quando banha todos os chakras. Já vi o Qi inúmeras vezes me mostrando, nos meus pacientes, onde está a desarmonia (às vezes eu vejo onde o Qi está mais condensado, em excesso, e isso ajuda muito na diagnose).
Por mais que eu mesma quisesse às vezes contestar tudo o que eu havia aprendido sobre magia e esoterismo, eu não posso virar as costas para os fatos. Já não disseram que contra fatos não há argumentos? Por mais que eu quisesse renegar cada um dos episódios que eu mesma vivenciei, já não há como, pois que toda a informação que eu reuni é coincidência demais para ser só coincidência. Por mais que eu quisesse viver uma vida meramente material e esquecer todo esse papo de energia, não tem como! Porque eu vejo a energia. Eu vejo o Qi. Eu vejo o Qi prateado. Às vezes, dourado. Vejo todo o Qi que preenche os espaços que, a olhos nus, parecem vazios. Nunca estão vazios. O Qi dança o tempo todo, agitando-se de modo diferente em diferentes lugares. Existe como que um “chiclete” que mantém tudo junto. Eu vejo assim, a maior parte do dia. Não vejo um espaço entre uma mesa e uma cadeira. Vejo um “chiclete de energia” (digo chiclete e não cortina porque essa energia mantém tudo junto) que preenche tudo. Quase toda noite, quando eu deito para dormir, eu relaxo bem a minha mente, levanto as minhas mãos e fico vendo aquela energiazona ali, me envolvendo... Levei um pouco de susto a primeira vez que vi o meu corpo como um universo, negro mesmo, cheio de bolas prateadas que se agitavam tremendamente. Era lindo, mas assustador de certa forma, ver o meu corpo daquela maneira. “Caçambola...” estremeci, a primeira noite que aquilo aconteceu. “É assim que eu sou? É assim que tudo é?”... Apesar do medo, continuei olhando. Eu fazia com que um dedo de uma mão tocasse o dedo da outra mão, e observava o modo como as bolinhas prateadas (Qi) interagiam. Por quê o Qi se agita assim o tempo todo? Depois falam que eu é que não paro quieta! O Qi fica pra lá e pra cá o tempo todo, em todos os lugares.

Agora eu ando treinando o condensamento do Qi. Não sei se vou conseguir, mas tenho a eternidade para treinar. Quando eu me deito e começo a ver as bolas prateadas, as espirais de energia, e todas as maravilhas do mundo da energia, então agora eu estou fazendo assim: procuro me concentrar e imagino que estou conseguindo “pegar” uma dessas bolinhas com a ponta dos meus dedos! Talvez eu leve mais algumas encarnações para conseguir este intento. Eu sei que, no plano material, a disciplina e a persistência são palavras-chave. Não me importo.

Muitas vezes, eu fico racionalmente me contestando (auto-crítica), “Se eu sou capaz de ver o Qi – acredito que ganhei esse shidi após anos de mantra Gayatri, mesmo com parca disciplina – como? - meu pai do céu! – eu ainda consigo sentir medo de tantas coisas? Como – explique-me um dia! – eu consigo ainda sentir ansiedade, preocupação, falta de fé no poder desta energia? Ai, ai... A minha razão não consegue entender isso. Paciência comigo mesma...
Bem, quando fiquei mais velha e comecei a aprender sobre a “energia escura que rege o universo” (tema da física quântica atual), então entendi o que eu estava enxergando. Estou longe de ser a única que vê assim. E não somos poucos. Tenho vários amigos. Chamam-nos de wiccas, bruxos, esotéricos, holísticos. Nomes assim. Somos apenas seres da natureza que estamos nos esforçando para nos harmonizarmos de volta com a natureza da qual fazemos parte. Pelo número de pessoas que formamos, já está matematicamente comprovado que modo como sentimos o mundo é para ser levado em consideração e acreditado. Por mais que possa ser diferente de outro grupo de pessoas, que ainda não prestaram suficiente atenção...

Para mim, já está mais do que matematicamente comprovada a veracidade da comunicação com os seres de outras dimensões. Comprovado também o afeto radiante que esses seres têm para conosco, em bendita amizade. Comprovado que tudo tem um por quê, uma razão, e que, às vezes, devemos nos resignar frente ao destino... E aí então deixar a nossa emoção surgir também, equilibrando tudo.

Ai, Diário... Que Deus meu Pai me ajude a equilibrar sempre razão e emoção... Ainda mais nessas horas difíceis de transição planetária... Ajude-nos todos por aqui, meu Pai... Porque a Pachamama está sacudindo, tremendo, gritando, chorando... Mandala de luz....

Nossa Senhora da Aparecida! Duas horas da manhã. Eu tenho que ir dormir!

Tchau, Diário!

Amor,

Atma.