O POVO DA CIDADE DE CRISTAL TOLERA A ARROGÂNCIA DELES

Diário, eu nunca vi um lugar tão bonito na minha vida feito Antares!

Foi de lá que eu vim (onde eu estava antes de reencarnar.) O tibetano que me mostrou a cidade de longe, no dia que eu estava na gruta fazendo o trabalho com o xamã, teve um trabalhão comigo para me convencer a voltar para o meu corpo físico. Eu queria me desprender de vez, me soltar. Ficar por lá. Depois eu pensei no sufoco que o xamã Luz ia passar, tendo que explicar aos meus familiares que eu havia “morrido”. Penalizei-me por ele e decidi voltar. Eu também gosto desse planetinha azul. Do céu cheio de nuvens brancas. Do mar. Das montanhas. Tem muita coisa boa aqui em que posso canalizar a minha atenção.

Ah, lá em Antares é tudo muito lindo... É tudo feito de cristal. A cidade onde eu estive (a cidade onde vivo quando estou desprendida do meu corpo material) é toda de cristal de quartzo rosa. Os cristais emitem um som que são uma doce ópera que se espalha como suave brisa por todo o local... dando o efeito que estamos em uma grande concha acústica ao ar livre!

Chegamos nesta cidade após transpassarmos uma pequena colina. E já pudemos avistar aquela civilização pacata e dedicada às práticas da “Acupuntura”. Coloco a palavra entre aspas porque lá em Antares praticamos um tipo de tratamento bioenergético um pouco diferente daqui. Lá, a Acupuntura é feita só com a energia dos cristais aplicada no corpo sutil das criaturas. Não inserimos agulhas.

O que eu acho mais divertido em Antares é que lá não tem escada rolante nem elevador. Nós descemos para o subsolo (onde tudo acontece) por meio de deslizamento nos cristais. É como um grande parque de diversões. E lá todo mundo tem um espírito parecido comigo: sente-se igual criança na maioria do tempo. Claro que nós somos adultos. Com várias experiências de encarnações. Quando dizemos que somos “crianças” é porque conseguimos vibrar em alegria.

Ai, como vou explicar direito como é lá em Antares? Existem vários furos no teto da cidade. Ou seja, quando você chega, você só vê aquele “lago de cristal de quartzo” que constitui o chão. O chão com aquela brisa de música linda soprando... Você não vê o que existe por baixo do chão de cristal. Só existem aqueles furos, com estacas de cristais para a gente deslizar para baixo! Entendeu?

Quando chegamos lá embaixo é que existe toda a ação! Centenas e centenas de criaturas de um lado para o outro (mas sem pressa, tudo em harmonia) cuidando de tudo e de todo mundo com a energia do quartzo rosa.

É coisa maravilhosa de se ver!

Lá na gruta, sentada em posição de lótus, eu chorei, e implorei para o monge, “Deixe-me ficar de vez!” Chorei e chorei.

“Não, Atma! Você ainda nem começou a sua missão em terra,” afirmou ele. “Ou você pára de chorar ou te levo de volta agora,” sentenciou.

“Eu paro. Eu paro,” funguei, prendendo o choro. “Deixe-me espiar só mais um pouquinho. É tão diferente estar em Antares desse jeito... Assim, acordada em meu corpo material e vindo aqui em mente ao mesmo tempo... É tudo tão diferente...” eu dizia, enquanto olhava deslumbrada para aquela cidade de estudantes de energia... Da qual eu fazia parte com tanta dedicação e fervor.

“Muito bem. Agora vamos voltar,” disse o monge. Ele pretendia ser duro, mas eu sentia a sua amorosidade. Vibrei em amor por ele. Ele virou-se para mim e disse, “Atma, você precisa utilizar o cristal de quartzo em seu trabalho de cura. Será muito benéfico.”

“Oh... com certeza... Usarei esta pedra linda!” concordei. E logo corrigi-me, “Pedra, não! Cristal...”

“Isso, Atma. Isso...” disse o monge, fazendo-me retornar com a consciência para a gruta.

Ao lado do monge (ele é um dos meus mentores espirituais), havia três monges também tibetanos do lado esquerdo dele, outros três do lado direito. Todos eles chegaram juntos, saindo do holograma de luz violeta que se formou dentro da gruta no dia deste trabalho mágico com o xamã Luz.

Esses sete monges foram os primeiros a chegar, naquele dia. Saíram de um “túnel” que abriu-se bem à minha frente no holograma de luz, fizeram uma saudação monástica, inclinando o corpo para frente e juntando as palmas das mãos na altura do peito.

“Oh, mestres! Que alegria!” vibrei quando eles chegaram.

Logo depois disso, o meu mentor principal se destacou do grupo e deu um passo à frente para falar comigo, e me levou até Antares. Pelo poder do pensamento, uma parte da história o monge me contou... (ainda não sei o nome deste monge, chamo-o de “mestre tibetano acupunturista).

O monge tibetano acupunturista me contou que o povo de Antares trouxe o ensinamento transcendental da Acupuntura para este orbe terrestre há milênios atrás, levando-o primeiramente para os mosteiros tibetanos, que eram um dos poucos grupos em Terra que possuíam a capacidade espiritual para compreender e absorver aquele ensinamento. Ele me mostrou... transmitindo-me as imagens da memória universal para a minha tela mental... mostrou-me o contato que se estabeleceu entre eles... entre os Antarianos e os monges tibetanos.

A princípio, os contatos se davam quando os monges se desprendiam no plano astral, indo ter com os Antarianos. Depois de certo período de tempo, tornaram-se possíveis alguns fenômenos de aparição nos mosteiros, de modo que um certo grupo de tibetanos estavam lá e podiam ter aulas diretamente dos Antarianos mesmo despertos em seus corpos terráqueos carnais.

Era o início de uma transmissão sagrada. O início de um elo de sabedoria. Muitos Antarianos estão encarnados na Terra neste momento (eu me incluo neste grupo) para manter a magia transcendental da verdadeira Acupuntura raiz neste planeta.

A Acupuntura, que é uma ciência do espírito, e não uma técnica cartesiana que pode ser aprisionada em apenas alguns livros! A Acupuntura, uma ARTE de redespertar o ser divino que existe em cada criatura. Isso diploma nenhum nessa terra não pode dar, não. Só aqueles que abrem o espírito para as energias do Universo... É o Criador quem dá o verdadeiro título de Acupunturista para uma criatura.

Primeiramente é preciso passar uma determinada parcela de tempo em Antares entre uma vida e outra. É lá que realmente recebemos as primeiras instruções de tudo. (Pelo que entendo, lá é como se fosse a grande cede da Acupuntura da nossa Galáxia.) Depois, passamos a receber uma série de instruções aqui em Terra, e muitas vezes descobrimos, decepcionados, o quanto as explicações nos cursos técnicos podem ser rasas, metódicas e frias sobre tudo, passando de longe, mas muito de longe mesmo, da verdadeira ciência da Acupuntura...

Não estou dizendo que as pessoas não devam receber uma instrução técnica e formal adequada. Precisam, sim. Faz parte, é claro. Porque este processo nos ajuda a ir RELEMBRANDO... resgatando tudo o que aprendemos... trazendo do imaterial para o material... e vamos reforçando o vínculo que temos com a verdadeira origem da nossa transmissão...

Eu só fico chateada com o que está acontecendo com a Acupuntura no Brasil. Agora estão querendo aprovar uma lei que para ser Acupunturista é preciso possuir um diploma de médico ocidental ou de qualquer área da saúde ocidental. Os Acupunturistas orientais precisam estar subordinados ao conhecimento da técnica ocidental?

Gente! É a maior maluquice do mundo isso! Uma coisa não tem na-da ha-ver-com-a-ou-tra! Medicina Oriental possui uma raiz (holísitca). Medicina Ocidental uma outra, totalmente diferente (corta em pedaços)!

Claro que, por mais que eu implique, eu preciso respeitar a medicina ocidental também. Não dá para negar os avanços que fizeram em certos aspectos. Mas... seria preciso conviver com respeito mútuo. Unir forças. Acrescentar. Não querer depreciar a Arte dos Acupunturistas, relegando-a à mera especialização, como se desse para aprender em um ano aquilo que se leva mais de vinte vidas para se conseguir!

No currículo no nosso curso de Medicina Oriental, aprendemos anatomia também. É claro! Porque o corpo físico faz parte do sistema de energia. Mas aprendemos também sobre a energia, sobre as emoções, a mente, o espírito, e como elas influenciam para conquistarmos uma vida com saúde.

Saúde!

Nós não somos curandeiros de doenças instaladas. Somos promotores da saúde preventiva. E somos células necessárias na sociedade. Com a nossa própria ciência e arte!

Agora como é que pode o Senado brasileiro querer subordinar um Acupunturista às ordens de um médico ocidental? Como iremos dialogar? Por acaso a minha madrinha (que é médica ocidental) iria entender se eu dissesse a ela que ela está com deficiência do Yang do Fei? Claro que não! Porque são duas ciências totalmente diferentes! Embora possam (e devam) ser complementares... Só não deveriam brigar pelo domínio uma sobre a outra. Como diz a minha sobrinha, isso é “chato, bobo e feio”.

Devemos caminhar, sim, para o futuro da Medicina no planeta azul: uma medicina holística com avançadas técnicas modernas e grande tecnologia.

Cada bobeira que inventam por aqui. Mas tudo bem. Os verdadeiros Acupunturistas (com letra maiúscula) continuarão conectados à sua verdadeira essência, seja lá o que for que aconteça. E vamos, pacientemente, tolerar a arrogância daqueles que se julgam donos da Arte de Curar!