Diário!
Acabei de chegar da cidade. Dei um pulo na Fundação Parques e Jardins, para ver como anda o projeto da Vila da Árvore.
As árvores aqui da Vila da Penha estão crescendo lindas! Acho que todo mundo deveria telefonar para lá pedindo a arborização da rua onde mora... (http://www0.rio.rj.gov.br/fpj/)
Mas acabou que eu cheguei mais cedo lá no centro da cidade e fiquei fazendo hora na praça onde fica instalado o prédio da fundação. Você sabia que ali tem uma homenagem a um dos nossos mais conceituados presidentes, Benjamin Constant?
Tem um livro feito de bronze bem no meio da praça, que conta um pedacinho da história de um dos fundadores da nossa República.
Enxotei dois gatinhos que estavam deitados em cima do livro de bronze e comecei a folheá-lo, encantada. Estava meio desgastado o livro, o que achei uma pena. Por que não é restaurado??
Li vários trechos, mas o que mais me encantou foi uma das frases mais famosas de Benjamin, "A minha religião é a humanidade."
Nossa...
Dá muito pano para manga filosofar sobre essa frase... Não foi a toa que ele se preocupou com as minorias, com os mais necessitados, com os fisicamente limitados. Ele criou um dos institutos mais belos que existem: o Instituto Benjamin para os cegos. Quer mais fraternidade do que isso?
Acho que fica na Urca, né? Sempre encontro com vários deficientes visuais no metrô. Eles usam aqueles relógios que só eles sabem ler com a ponta dos dedos. Andam sozinhos, precisando apenas de uma pequena ajuda dos guardas na hora de entrar no trem sem tropeçar no vão entre o trem e a plataforma.
Lá, os deficientes visuais aprendem a ler em braile, recebem uma série de benefícios a auxílios e são integrados ao convívio com a sociedade.
Diante daquele livro de bronze, fiz uma oração,
"Senhor meu pai, força criadora do Universo, rogo-Lhe que me permita acima de professar qualquer religião que seja, que eu possa me tornar um ser humano verdadeiramente fraterno e humanitário!"
Eu ando muito confiante no poder da oração ao Alto, depois dos livramentos que recebemos aqui em casa esse mês.
Nessas horas, a gente fica se perguntando, "O que eu tenho feito para me tornar um espírito mais fraterno ?..." Ai, meu pai. Me ajuda! Sei que minha prece será ouvida.
Cheguei em casa toda contente e dei um pulo na casa do meu amigo Marcelo. Ele tinha que fazer um trabalho para a faculdade, e escrever sobre uma personalidade brilhante, que tivesse deixado uma marca para a humanidade, sabe? Então, sugeri o Benjamin Constant.
Dias se passaram e eu perguntei ao Marcelo se ele já tinha preparado a redação sobre Benjamin, mas ele disse que mudou de idéia, porque pesquisou sobre ele e não achou nada de tão demais assim. “Foi apenas um homem que ajudou a fundar a República, fez o instituto para os cegos, mas não fez nada de tão espetacular assim. Eu li aqui no Google... Ele morreu na miséria total, esquecido e abandonado. Acabei escolhendo outro personagem, mais marcante, a irmã Dulce.”
Nossa, eu não sabia que Benjamin Constant havia morrido na miséria e abandonado. É claro que eu também amo a história da nossa irmã Dulce, o nosso anjo brasileiro, mas, para mim, Benjamin Constant continuará sendo o Benjamin Beija-Flor Constant! Aquele que passou pelo Brasil e deixou uma sementes maravilhosas.
Realmente, é muito difícil escolher apenas um Anjo, dentre tantos que já vimos passar por este mundo... os que já foram e os que ainda estão encarnados. E, quer saber? Não há como comparar quem fez “mais” ou “menos”. O que importa na verdade é a força da intenção que cada um colocou na prática dos seus atos...
Concorda comigo, Diário?
Com amor,
Atma